Mitsubishi Gasta Dinheiro Para Mostrar que Não Percebe o Facebook

A “loucura” pelas redes sociais está a assolar as estratégias de marketing e publicidade em Portugal. Não restam dúvidas de que não há fome que não dê em fartura. Não há campanha que não tenha página no Facebook, marca que não esteja presente nas redes sociais… Pena que o entusiasmo leve as pessoas a partir para a acção saltando a etapa de planeamento. Na maior parte dos casos não há estratégia nem pensamento a longo prazo. Quer-se estar presente, ser-se “inovador”, até porque se se for o primeiro a fazer algo nas redes sociais garante-se presença na comunicação social.

Terá sido isso talvez que levou a Mitsubishi a promover o novo ASX com outdoors que apela a que as pessoas se tornem “amigas” do novo veículo no Facebook. A mensagem do outdoor é apenas e só essa. Não há benefícios, não há um slogan, nada. Apenas e só a imagem do carro ao lado do botão “Add as friend” do Facebook, e o endereço do perfil do ASX na plataforma. Não se trata de uma inovação a nível mundial, mas em Portugal é dos primeiros casos em que se investe em outdoors com o único propósito de se chamar a atenção para um perfil numa rede social. Embora ache que esta não é a melhor forma de promover um automóvel, o outdoor chamou-me a atenção e despertou-me a curiosidade, como fará a muita gente. O problema vem depois…

O primeiro erro, e um de principiante, é logo o facto de ter sido criado um perfil e não uma página, o que viola os termos do Facebook. A esta altura, seria de esperar que tanto marcas como agências de comunicação já se tivessem dado ao trabalho de ler e perceber as várias opções que a plataforma providencia. Erro meu. Como já aqui abordei essa temática, encaminho os interessados para o post Guia (Muito) Básico do Facebook.

Acedendo ao perfil entramos, como é normal, na área de Info que em geral está interessante tirando um ou outro apontamento. Definir a origem como Tóquio é engraçado, como é interessante terem definido como ideologia política: “Defensor do meio ambiente e da economia sustentável”. Uma forma simples de transmitir os benefícios do ASX, que convém especificar que se trata de um SUV. A área da biografia e dos interesses ajudam a transmitir a mensagem da marca. O facto de já ter angariado 408 amigos à altura da escrita deste post (15-05-2010) demonstra que a campanha está a ter algum sucesso.

Espreitando o mural, o amadorismo da campanha torna-se evidente. Como podem ver na imagem abaixo, não há entradas a não ser aquelas colocadas por “amigos”, e grande parte da actividade resume-se ao actos de tornar-se “amigo” de um outro perfil. Um claro desperdício de espaço online.

Como não sou “amigo” do ASX, não sei o que mais poderá estar visível no seu perfil, facto que reforça a necessidade das marcas e produtos terem Páginas e não Perfis. O conteúdo de uma página estará sempre visível (excepto quando o administrador da mesma queira ocultar informação), e não é necessário uma autorização para seguir essa página no Facebook: enquanto que me basta indicar que gosto de uma página para aceder ao seu conteúdo, no caso dos perfis tenho de submeter um pedido e aguardar que o mesmo seja aprovado.

Quando vi o outdoor e acedi ao perfil, as minhas expectativas eram as de encontrar informação relevante, alguns vídeos, fotos… Nada disso existe. Nem sequer um link para uma página web onde se possa recolher mais informação sobre o ASX e onde o comprar. De que vale à Mitsubishi promover um perfil no Facebook se depois este se encontra vazio de conteúdo? Quantos dos “amigos” do ASX estarão realmente interessados em comprá-lo? Se não há link para o site da marca, como medir o impacto do perfil do Facebook?

Uma marca – se por iniciativa própria ou incentivo de uma agência desconheço – a querer mostrar-se cool sem perceber como utilizar uma ferramenta da melhor forma possível. Ou desconhecem como o Facebook, e a Web Social, funciona, e por isso têm de se dedicar a estudar o fenómeno, ou então lançaram os outdoors antes do tempo. Um verdadeiro UFO na terminologia do Armando Alves.

75 thoughts on “Mitsubishi Gasta Dinheiro Para Mostrar que Não Percebe o Facebook

  1. Os marketeers deste país, parados nos anos 70, acham que isto é apenas mais uma forma de pôr um produto à frente duma audiência. Ainda não perceberam a diferença. É confrangedora a ignorância.

  2. O amadorismo reinante é constrangedor. Parte-se para uma campanha sem perceber a natureza do canal de comunicação, as características desse mesmo canal e o grau de interacção necessário para que a campanha seja um sucesso.

    Este “marketing” cego às exigências dos novos media é apenas um dos muitos exemplos de “malta fixe” que faz campanhas de comunicação como quem come tremoços: de forma ligeira e descontraída.

    Marketeers? Para isso era preciso que soubessem o significado da palavra marketing!

  3. Para além do amadorismo da campanha, o que irrita é perceber que se trata de um produto que teria potencial para ser construída uma campanha em seu redor de qualidade, mas que pelo desconhecimento de quem está à frente da mesma acaba por se tornar neste flop.

    A verdade é que no final vão medir o número de “amigos” do perfil e achar que fizeram algo de fantástico.

  4. Paulo Querido-gasta-palavras-para-mostrar-que-nao-percebe-o-facebook-
    Apesar de ter gerado mais algum tráfego para o perfil do ASX, o que até acaba por ser positivo.

    Mas vamos por partes.

    Como primeiro ponto gostaria de sublinhar que os “amadores” conseguiram através do outdoor chamar a atenção a alguns “iluminados” que quando chegaram a casa, ligaram o computador, entraram no facebook e pesquisaram o conteúdo ASX. Talvez por ser um outdoor inovador e diferente do que já se viu até hoje. Menos mau.

    Depois os mesmos “amadores” conseguiram criar algo que não é muito normal, ou sejam, decidiram estratégicamente não fazer o que milhares de marcas de todo o tipo fazem no facebbook, criar páginas ou grupos de fans. Pois é, os amadores decidiram tratar o ASX como uma pessoa, e vai dai criaram um perfil como se de uma pessoas se tratasse. Talvez por isso só os amigos tenham acesso á informação completa deste novo amigo. Talvez seja este o interesse dos amadores. Partilhar informação apenas com quem a quer partilhar. como nós fazemos com as nossas páginas pessoais.

    Sobre o guia (muito) básico do facebook, convido os “profissionais” como o Paulo Querido a lerem bem o que está escrito. Essa leitura começa por uma boa tradução para Português do guia (de sugestões e não de regras) que está escrito originalmente em inglês.

    Já o comentário do querer ser “cool” teria de me explicar melhor o que quer dizer, mas se ser “cool” é fazer campanhas integradas com ligação online/offline, como fazemos por exemplo para as marcas meo, tmn, staples, mimosa, BPI, e claro mitsubishi, só para citar alguns dos nossos clientes, então é isso que fazemos diariamente, e com resultados comprovados, em notoriedade, em vendas e em criatividade.

    Para finalizar deixo também eu uma recomendação “amadora” a todos os “profissionais” da matéria. Façam-se também amigos da heineken em http://www.facebook.com/heinekenexperience.portugal?ref=sgm, porque também vale a pena.

    1. Vamos então por partes, Tomás

      “Apesar de ter gerado mais algum tráfego para o perfil do ASX,”
      Primeiro alerta, como se tráfego signifique qualidade. E como se conseguisse medir esse tráfego, Para informação do Tomás, apenas as Páginas (e não os perfis) têm acesso a ferramentas de métricas que pemitem sequem medir esse impacto (Procure por Facebook Insights). Mais um motivo para criar a página.

      “Talvez por ser um outdoor inovador e diferente do que já se viu até hoje.”
      http://www.google.com/images?q=twitter+outdoor
      http://www.google.com/images?q=facebook+page+outdoor

      Também vale a pena ler um artigo meu de 2008, a propósito de soft links:
      http://www.asourceofinspiration.com/2008/07/15/softlinking/

      “decidiram estratégicamente não fazer o que milhares de marcas de todo o tipo fazem no Facebook, criar páginas ou grupos de fans”

      Se não fazem é porque é expressamente proibido pelos termos de serviço do Facebook. Um dos motivos de eliminação de conta é o perfil não corresponder a uma pessoa real, algo que pode acontecer à sua “pessoa”.
      http://www.facebook.com/terms.php

      “boa tradução para Português do guia (de sugestões e não de regras) que está escrito originalmente em inglês.”
      As sugestões abaixo também foram escritas a partir do inglês. Há 10 anos.
      http://www.cluetrain.com/portuguese/index.html

      Espero que o Tomás participe nesta discussão, e que a eficácia que consegue resultados se estenda também à web social. Eu, o Bruno e muitos outros que têm verdadeiro interesse pela web social, estamos todos a aprender. Nesse sentido somos todos amadores da web.

    2. É assustador ver alguém, que se diz um profissional, vir aqui defender o indefensável: Uma marca NÃO PODE (conforme consta nos ToS do Facebook) ter um perfil pessoal por uma questão muito simples: ao se tornar “amigo” de uma pessoa tem acesso (por defeito) aos dados pessoais e à vida dessa pessoa. Repito, é contra os ToS do Facebook.

      Mas como, decidadamente, ao Tomás não lhe interessa isso (a legalidade e a ética são obviamente coisas de pouca monta para uma agência tão cool) veremos se o poder das redes sociais pode funcionar ao contrário. É que são muitos os utilizadores que acham que as marcas andam a abusar (ou a ser enganadas pelas agências) e sabem usar as ferramentas de que o Facebook dispõe para reportar as mesmas como aqui já foi apontado.

      Eu pessoalmente farei um apelo aos meus seguidores no Twitter (@fjfonseca), aos seguidores do @31daSarrafada para que reportem o pópó que quer ser amigo de pessoas. Um complexo qualquer, vindo de um má adaptação de Asimov por certo.

    3. Já agora, qual o motivo da Heineken Experience tb ser um perfil e não uma página? Tb seria suposto sermos amigos da Heineken, a cerveja pessoa? LOL

  5. Caro Tomás Froes,

    honestamente ainda não percebi se o seu comentário é para ser levado a sério ou se é mesmo para entreter a malta. Vou assumir que está a falar a sério.

    Dá para perceber que ficou ofendido com as críticas. É normal. Acontece. Aconselho-o no entanto a acalmar-se antes de comentar na web porque depois a única coisa que acontece é ficar você, a sua empresa e o seu cliente mal. Vamos por partes.

    Aquilo que fez só tem de inovador (e isso em Portugal) o outdoor. De resto não faltam casos de marcas que não percebem a diferença entre Páginas e Perfis. Se o cliente acha que vale a penas investir em outdoors para promover um perfil no Facebook, nada contra.

    Se ainda não percebeu a diferença entre Páginas e Perfis, recomendo que volte a ler o manual do Facebook para a criação de Páginas. O facto de você ter decidido que quer considerar um carro como uma pessoa, isso não o torna uma pessoa. Os perfis são para ser usados por pessoas não por carros, vassouras ou outros produtos. Não falta quem o faça é verdade, mas isso não o torna correcto. Presumo que saiba que nas páginas do Facebook também é possível definir quem tem ou não acesso à informação publicada.

    Fico feliz que tenha sucesso nas campanhas que faz. E espero sinceramente que esta seja um sucesso para a marca. Não quer dizer que esteja a fazer as coisas correctamente, porque não está. Mas se isso resultar, óptimo para si e para a Mitsubishi. Acredite que isso não me incomoda minimamente.

    Agora à parte dos “amadores”. Percebo que fique ofendido, mas a sua resposta é amadora. Caso não tenha reparado, este blog não é do Paulo Querido. Nenhum dos comentários apresentados é do Paulo Querido. Tanto quanto sei, o Paulo Querido destacou este post via twitter, como outros o fizeram. Se realmente fosse “profissional” saberia distinguir as coisas, dava-se ao trabalho de ler o nome das pessoas que escreveram, de ler mais posts do blog. Preferiu falar sem conhecer. Como lhe disse, ficou mal na fotografia. O que era desnecessário.

    Poderia perfeitamente ter comentado de forma calma e defender o seu ponto de vista. Mas já percebi que o seu objectivo é que os “iluminados” visitem o perfil e possa apresentar esses dados aos clientes (coisa que poderia fazer com mais fiabilidade com uma Página). O facto dos “iluminados” em função de uma campanha que utiliza erradamente (e de forma propositada) o Facebook, e em função da sua resposta potencialmente deixarem de ter interesse no produto que quer promover, parece ser algo que não lhe interessa muito.

  6. Caros Armando e Bruno,

    Gostaria de saber se por acaso algum de vocês se tornou amigo do ASX, e com isso acedeu ao seu perfil no facebook, ou se todos os comentários e análise critica que legitimamente fizeram sobre esta campanha, tiveram por base apenas o post via twitter que aqui foi publicado?

    É que se calhar, e como estamos todos sempre a aprender, valeria a pena ver primeiro para “ficarmos todos bem na fotografia”, amadores e iluminados.

    1. Caro Tomás,

      Reitero a observação: os perfis não podem ser usados para uso comercial e apenas podem ser criados para pessoas reais. Não é iluminação nenhuma, são os termos de serviço do Facebook.

      E não me vou tornar amigo do ASX, pois vai contra a posição de princípio que declaro no meu PERFIL Facebook.
      “Dear Facebook wannabe friends: I only friend people I have met, corresponded with or want to know.
      If you’re a company, don’t try to add me as a “friend”. Get a Facebook page and make me feel awesome.”

      O motivo por qual comentei, é precisamente pela necessidade de esclarecermos todos os profissionais de comunicação que esta é uma prática demonstrativa da falta de conhecimento das plataformas de media social.

      Os objectivos a que se propuseram seriam igualmente atingidos com uma página de marca.
      A não ser que o vosso objectivo seja fazer spam a milhares de pessoa, enviando convites para se tornarem amigos. Se tal for o caso, estamos conversados sobre o vosso entendimento de web social.

      @Ricardo,
      Pensar apenas em plataformas é o primeiro sinal que não existe grande preocupação estratégica. As expectativas dos clientes são defraudadas precisamente pelo uso de tácticas como a que estamos a discutir. O que diria a Mitsubishi, se o perfil fosse reportado como falso e apagado pelo Facebook? As culpas seriam da agência e não da platforma, que deixa claras as regras.

      Em relação à perca de audiência do Facebook, a confiar no habitual ciclo de Gartner, é muito provável que venha a acontecer. Estaremos cá nessa altura para aprender como essas funcionam. E ler os termos de serviço e directrizes promocionais.

    2. Caro Tomás,

      o Armando responde na perfeição ao seu comentário.

      Quero no entanto salientar algo que prova que o Tomás não pode ter seguido a sequência lógica dos eventos: o meu post não vem em seguimento de qualquer tweet do Paulo Querido ou de outra pessoa; vem na sequência do meu interesse pela campanha e pelo facto de eu discordar da forma como ela foi feita uma vez que não está de acordo com o que o Facebook prescreve.

      O tweet do Paulo Querido, que terá levantado o seu interesse, foi um destaque do meu post original. O Paulo leu e achou interessante o meu post e partilhou-o com a rede dele. Como aliás o Armando e outros fizeram. É o normal na web social.

  7. De facto penso que não é apenas um erro desta marca ou agência, penso que é um erro generalizado que todas as marcas estão a cometer, a reduzirem toda a comunicação digital ao Facebook.
    O Facebook está a matar a criatividade que a área digital permite e vai defraudar as expectativas do cliente face às expectativas nesta área.

    Por ex. o que são 400 “amigos” para uma marca como a Heineken, que tem um grupo á mais de 1 ano? Não representa nada.
    Ou mesmo os 800 para a Mitsubishi, também nada.

    Se eu não estiver enganado, em breve o Facebook começará a perder audiência e espero que nessa altura se façam acções online com verdadeiro sentido e que tragam valor para a marca e credibilidade ao potencial que o online tem.

  8. Caros,
    Depois de ler este post sobre mim no blog tenho de vir esclarecer alguns pontos e como o meu consumo é baixo não custa nada.
    Em primeiro lugar, quero agradecer a todos terem reparado em mim no outdoor, bem sei que fui bem fotografado, e modéstia à parte tenho umas linha bem interessantes.
    Em segundo lugar, agradecer também por terem tido o trabalho de irem ao facebook conhecer a minha página pessoal. Peço desculpa por ainda não estar tão completa como gostaria mas se se tornarem meus amigos, irão ter tempo para me conhecer melhor. Afinal as amizades são como as estradas, com o tempo vamo-as conhecendo melhor.
    Quanto ao facto de eu ter um perfil parece-me óbvio que se quero fazer amigos tenho de criar um perfil e não uma página dessas que foram sugeridas pelo facebook para empresas e produtos (embora inicialmente não fosse assim). Bem sei que não tenho tanta liberdade para criar aplicações, nem redireccionar publicidade, nem medir os acessos e resultados. Mas prefiro ter uma página mais simples onde vou poder partilhar algumas coisas mais pessoais, e certamente fazendo novos amigos ao longo do tempo. Até porque ainda estou no Japão, e quando chegar vai ser bom conhecê-los a todos e convidá-los para um teste drive. No fundo a minha intenção é só uma. Fazer amigos para vida.

    Um abraço
    Mitsubishi ASX
    http://www.facebook.com/novoasx

    1. Caros membros da Partners e da Mitsubishi,

      peço desculpa mas só respondo a carros se forem o Optimus Prime ou o Megatron. Sou capaz de abrir uma excepção para o Starscream, mas é só.

      Não me vou tornar “amigo” de um carro. Se criarem uma Página do Facebook para o ASX terei todo o gosto em gostar (passe o pleonasmo) da mesma e seguir com interesse a actividade da mesma.

      Quanto ao convite para o test drive terei todo o gosto em aceitá-lo… se o mesmo for feito pela Mitsubishi ou pela Partners. Confesso que o ASX me parece um veículo bem interessante. Mas é isso mesmo, um veículo. Não digo que a vossa ideia de criar uma persona não seja interessante, porque o é. Mas poderiam, e deviam, fazê-lo respeitando as guidelines do Facebook. Esta conversa – que está bem interessante – surge devido a isso e não a qualquer questão relacionada com o ASX.

  9. 1. Abrir página do Toyota ASX
    2. Block/report
    3. Report as fake profile
    4. This is not a real person.

    E pronto… pode ser que se a página for removida, aprendam (mas mesmo assim duvido).

  10. Estão a tratar o Mitsubishi “não sei o quê” como um tamagochi. Um carro fofinho que procura amigos no Facebook e até fala. Ohhh que querido (suspiro).

  11. A conversa vai gira, vamos lá ao meu entendimento:
    – há 2 formas de ver a questão: ou a agência deliberadamente actuou desta forma (como se parece defender) e assim sendo os resultados estão a ser muito fracos ; ou então a agência meteu os pés pelas mãos, como 98% das empresas que criam perfis no FB e depois percebem o erro (nomeadamente o limite dos 5 mil, entre outras funcionalidades).
    – na situação actual, é provável que de um momento para o outro a Mitsubishi veja todo o trabalho da agência ir pelo cano, eventualmente na véspera do envio de convite para o test drive, pois a forma de actuação viola os termos do FB. Demasiado arriscado
    – 400 amigos é pouco, muito pouco, demasiado pouco, infinitamente pouco…
    – um utilizador experimentado do FB não se torna amigo de publicidade, quando muito torna-se fã das suas páginas. Os utilizadores do FB, neste momento, tendem todos a caír para o lado dos experimentados.
    – o facto da página não ter qualquer actualização para além de conteúdo estático é desprovido de sentido, se estamos a falar numa rede social onde a notoriedade se ganha pelas acções e não pela presença.
    – o FB é apenas uma muleta comunicacional, que nos permite identificar potenciais consumidores e chegar a eles directamente. Não pode, porque não tem tal versatilidade (e já tem muita!), ser o centro de uma estratégia de comunicação.

    Acabo informando que não sou profissional da área, infelizmente a minha carreira afastou-me da área do mkt, mas sou um apaixonado pelo tema e tento acompanhar o que se diz e faz. Em especial na integração mkt e new media. Cumprimentos a todos!

  12. Cópia Integral do e-mail enviado à Mitsubishi no Japão, com CC para a Mitsubishi Portugal (com CC para o departamento legal do Facebook)

    Dear Gentlemen,
    It has come to my attention that your Portuguese branch is, at the moment, promoting a campaign for the launch of the ASX model mostly based on the social media network Facebook. (http://facebook.com/novoasx)

    This campaign, developed by a Portuguese agency, goes against Facebook Terms of Service that doesn’t allow for brands to act like they are individuals (Please refer to Facebook’s Terms of Service)
    Also it is not clear to me if the use of the “Add friends” image was cleared by the agency with Facebook, that actively pursues legal action against those that use any of their corporate identity elements (Please refer to Facebook’s Terms of Service)

    Furthermore I can’t let go unnoticed the fact that one of the responsibles of the agency that developed this campaign, didn’t admit the illegality of said campaign on a discussion that was triggered by a post denouncing the fact that your company, Mitsubishi Portugal, would probably be wasting money for something that can be easilly erased from Facebook, by Facebook officials, since it goes against Facebook’s Terms of Service, like I already mentioned.

    You can see the blog post and the reaction of Tomás Froes, from the Portuguese agency, here:
    https://dissonanciacognitiva.wordpress.com/2010/05/15/mitsubishi-gasta-dinheiro-para-mostrar-que-nao-percebe-o-facebook/#comment-587 (please use Google Translate)

    I don’t think I have to explain the damage that this campaign is making to the Mitsubishi brand, within the social media savvy users in Portugal (and opinion makers of the social media realm) or the fact that your money is being used for something that is illegal in any juridisction.

    I was quite shocked to see this happening since I have always been a great admirer of your general corporate presence on Facebook, and other social media platforms, and did not expect that a responsible company like yours would authorize or vindicate such illegal actions that do nothing but to invade the privacy of users.

  13. Confesso que caí um pouco de pára-quedas neste post.
    Bem, controvérsias à parte convido-vos a conhecer o projecto Worten Lab: http://www.wortenlab.pt

    O 1º projecto de “social product placement” de Portugal. Leia-se: as pessoas podiam testar e levar para casa durante um mês 1 de 5 produtos (consola jogos, máquina fotográfica digital, iPhone 3G, etc.) Através de FConnect os interessados em participar eram levados para a página de comunidade ds Marca (http://www.facebook.com/pages/Worten/374112224220#!/pages/Worten/374112224220?v=wall) e posteriormente seleccionados. A página de companhia da Worten em pouco mais de 2 semanas chegou aos 10 mil fãs (agora “pessoas que gostam”). Os “testers” durante o mês da experiência têm que partilhar na página do Facebook da Worten a sua opinião (positiva ou não) sobre os produtos. Uma espécie de “consumer generated-review”.

    Em suma quando falamos de redes sociais, dada a sua natureza, temos que ter em atenção 3 pilares: 1) Desafio/participação, 2) Utilidade/relevância, 3) Talkability/assunto de conversa.

    E de facto há muitas Marcas que se esquecem destes simples “credos” 🙂

    1. Sérgio,

      ainda bem que apresentaste o Projecto WortenLab.

      Explica-me só uma coisa que não me parece clara. Qual é a mecânica de Social Review? As pessoas são obrigadas a publicar a sua opinião sobre o produto onde? No Facebook? Na Página do WortenLab? No seu próprio Blog?

      Quais são os KPIs do Projecto? Quantas referências foram feitas já ao Projecto, aos Produtos? Quantas são positivas? Quantas são negativas?

      O facto das pessoas publicarem os seus reviews na Página da WortenLab não é inibidar da virabilidade do conteúdo? É que os seus amigos assim não acompanham o processo.

      Estou curioso.

  14. Caro Tomás Froes, nem quero acreditar no que li. Para evitar repetir-me quanto à ignorância, vou classificar como “desatenção” o seu envolvimento do meu nome neste assunto.

    Bruno, bom artigo. Cito-te no Ondas na Rede, onde opino sobre a campanha.

  15. Tentativa e erro – é o que tanto as agências como as marcas andam a fazer. Tudo isto é novo, a tecnologia está constantemente a mudar, as pessoas estão rapidamente a mudar os seus hábitos e comportamentos. Como tal volto a repetir, andamos todos a experimentar e a errar. O importante é aprender.

    1. Gostava muito de ter clientes assim, que tem um budget específico para “campanhas de experimentar e errar”, ou seja, tentativa-erro. Não tenho… os meus clientes exigem de mim um grau elevado de expertise e que eu tenha o domínio das “skills” necessárias para o exercício das minhas funções. De facto, espero q a marca tenha aprendido.

  16. a “publicidade” nas redes sociais é uma coisa muito “tentadora”… mas também tem alguns inconvenientes, quando a coisa corre mal pode ser um verdadeiro desastre…:-)

  17. Antes de mais, parabéns Bruno por mais um excelente artigo.

    O que me deixa mais surpreso nesta situação toda, é a certeza e confiança com que algumas agências falam das suas iniciativas na web social, quando esta ainda está em gestação, para não dizer constante mutação.

    Eu partilho mais da opinião do Armando, neste momento andamos todos a aprender como podemos utilizar este novo meio, de uma forma integrada com os restantes meios.

    Além disso, é necessário ser-se humilde, não basta apregoarmos aos clientes e às marcas, que o paradigma mudou e que antes de mais eles têm de saber ouvir os utilizadores. Nós próprios temos de saber ouvir e reconhecer que por vezes, tal como dizia o Dan Gillmor há pessoas que sabem mais do que nós.

    Uma última nota, para repetir algo que não me tenho cansado de afirmar, antes de irem para a web social resolvam bem o vosso hub, ou seja, o site principal… porque afinal de contas este deverá ser a base da vossa presença online.

  18. Sem dúvida alguma Hugo !!!

    ” antes de irem para a web social resolvam bem o vosso hub, ou seja, o site principal… porque afinal de contas este deverá ser a base da vossa presença online.”

  19. Já agora alguém que diga aos senhores que fizeram a campanha da Fanta para experimentarem os QR Codes antes de os mandarem para a gráfica. E como bónius: se usarem puny urls, mesmo os leigos conseguem aceder ao conteúdo.

    *sigh*

  20. Meus caros, só agora reparei nos 28 comentários que isto acabou por gerar! Não, não vou falar do “buzz” que está ou não a gerar a coisa…mas antes dizer vos que é com muita pena que vejo que a maior parte destes posts espelham bem o Pais que temos! O tom, a forma e o conteúdo, o típico “bufo” que aqui está bem espelhado (não confundir com UFO) levam-me a ter muito orgulho em ser empresário, em gerar emprego, em trabalhar marcas nacionais e internacionais, e com isso gerar riqueza para o nosso Pais. Continuem a escrever, post`s ou cartas, denuncias ou queixas, e depois esperem sentados que os outros levem a coisa para a frente. Despeço-me com a minha frase preferida “Prefiro mudar o Pais do que mudar de Pais”.

    Nota 1: Quanto às criticas “técnicas”, legitimas e livres, já concordei que estamos SEMPRE TODOS aprender, mas não concordo de todo com o comunismo opinativo baseado apenas e só em “constituições” que pelos vistos para alguns regram um mundo aberto e construído por todos os que nele “vivem”.

    Nota 2 : Caro Paulo Querido, olhe que se eu fosse um destes “bufos”, mesmo ignorante, teria muito para postar sobre campanhas virais nas redes sociais. Mas prefiro continuar “desatento”.

  21. Tomás,
    Deixe-me tirar-lhe o chapéu: tudo o que este País tem de ridículo, arrogante e mal formado está personificado na sua atitude “que se lixem as regras”.

    De onde eu venho joga-se limpo, com todas as regras bem claras e tomando partido das potencialidades que qualquer sistema oferece.

    Mais ainda, se quiser discutir redes sociais comigo, primeiro arranje algum tempo para participar nas mesmas.

    Quanto ao mail enviado para a Mitsubishi no Japão e para o departamento de copyright do Facebook fui eu que o enviei e voltaria a fazer: deixar que um profissional sem ética e sem escrúpulos manche ainda mais a imagem dos poucos que fazem bem o seu trabalho não é o meu género.

    Ah, e não sou concorrente. Sou apenas um consumidor interessado, um activista convicto e um cidadão atento.

    Tentar proteger o público em geral, a sua privacidade, de uma campanha destas não é ser “bufo”: é um serviço público.

    See you on the flip side, Tomás.

  22. Caro Tomás Froes,
    Um pouco como já escrevi no 31dasarrafada em resposta a outra pessoa…
    Ainda que percebendo o vosso ponto de vista, tendo ele o seu lado de “original”, na parte em que pelos vistos criaram um perfil para o tratar como tal e não por engano como acontece com a maior parte dos casos em que as marcas criam o perfil, talvez por desconhecerem que existem as páginas, a vossa solução é contra as regras desta rede social.
    Eu, assim como muitas outras pessoas que gostam da web e das redes sociais, entendo que se existem regras dentro das mesmas, elas são para cumprir! Em especial quando as mesmas são de defesa da privacidade das pessoas!!!
    Neste caso até podemos comparar as mesmas a certos artigos do Código do Trabalho que dizem respeito à privacidade do trabalhador!
    Você é um empregador, pelo que diz, e possivelmente desconhece que o nosso Código do Trabalho protege a privacidade dos empregados, não permitindo ao empregador ter acesso a determinada informação pessoal de quem consigo trabalha!
    Eu, após ler este e outros posts sobre o assunto, também fui denunciar o perfil em questão! E não o fiz por ser um bufo, mas sim como prevenção dos mais incautos.
    Assim como também denunciarei todos os atropelamentos às leis que existem em relação à privacidade das pessoas!
    Se não se incomoda com a privacidade, esteja à vontade para colocar à disposição do público o seu nome, morada, e-mail, telemóvel, local de trabalho e já agora, idem para os seus familiares e amigos!
    Infelizmente quem carregar em “add as friend” estará a disponibilizar várias informações pessoais aos proprietários do perfil! E isto acontece inconscientemente, porque nem toda a gente que anda pelo Facebook tem conhecimento daquilo a que está a dar acesso quando carrega num simples botão!
    Nem toda a gente leva mais de 15 anos de Internet como eu, nem toda a gente se preocupa com o saber trabalhar a 100% com as redes sociais! Pelos vistos acontece isso consigo e com os demais responsáveis por esta campanha!
    Não acontecerá com o Bruno, com o Armando, com o autor do 31dasarrafada e outros que deambulam pela rede e que andam atentos a este tipo de atropelos!
    Tentar defender-se quando não se tem razão, e ainda por cima ser-se arrogante não é a melhor opção!!!
    Poderia ter desde logo explicado o objectivo e ter aproveitado para reconhecer que não estavam a fazer a coisa da forma “mais correcta” mas que o fizeram com um objectivo que levava a que tivesse que ser feito assim.
    Aposto que quem alertou para esta situação o que teriam feito era sugerir outras eventuais soluções. Com a sua atitude arrogante em vez de ganhar amigos, para si ou para a viatura (LOL), só perdeu!
    Como viu, eu fui mais um que em vez de amigo, fui denunciar o perfil!
    A todos os que levantaram esta questão, os meus parabéns pelo alerta transmitido a toda a comunidade! 🙂

    P.S. – Eu não ia gostar de saber que a minha mãe, que anda pelo Facebook e que nunca se deu ao trabalho de ler as regras, andava a disponibilizar os seus dados pessoais a alguém de uma agencia de publicidade que poderá utilizar os mesmos para outros fins (“contra as regras” … não sei se me percebe), só porque carregou num botão para se fazer amiga de um carro! Já os meus dados, esses eu partilho para o público sem qualquer receio! 😀

  23. Isto faz-me lembrar o sururu causado pela Vodafone há um mês ou coisa atrás com a campanha do rock in rio. A marca quando pediu para as pessoas mudarem o seu status em troca de bilhetes, provavelmente não sabia que não podiam fazer isso. Chamem-lhe desatenção, ok talvez imperdoável porque esta malta é bem paga para saber o que faz, mas falar de má fé é extremar a coisa. Acho eu.

  24. Roncador,
    No caso da Vodafone, pelo que percebi ao serem alertados para o erro cometido os mesmos alteraram as suas regras para que ficassem em conformidade com as do Facebook e deixou de ser obrigatório a mudança de status ou mesmo de nome que até acho que era o referido! Com isso a Vodafone mostrou a imagem de que não pretendia fazer algo contra os Termos e Condições do Facebook.
    Aqui … a arrogância foi a única imagem visível!

  25. Eu até tenho alguma simpatia por “especialistas de marketing” à deriva, especialmente se expandirem a actividade para serviços de propaganda política, por ser mais imediato distinguir o discurso deles e respectivos clientes da “human voice” no sentido do Cluetrain Manifesto — como se tivessem um grande nariz vermelho e uma legenda em Comic Sans a dizer “MARKETING” 🙂

  26. Eu já nem falo das regras serem cumpridas ou não . Sufrível é a ideia de me tornar «amigo» dum carro. Eu faço-me amigo e depois? Vejo o que o meu novo amigo anda a fazer pelo Facebook? Deve have para aí muita gente sozinha e sem amigos reais lol

  27. A discussão vai longa e interessante. Continua a surpreender-me (e daí se calhar não) a insistência da Partners na defesa do indefensável. Erraram ao criar um perfil ao invés de uma página, e ainda colocaram na rua outdoors com um endereço errado. Acontece. Hoje foi a Partners e a Mitsubishi, ontem foram outros, e amanhã outros serão. Live and learn! E aqui neste meio ainda estamos todos a aprender e a evoluir.

    Acho interessante a forma como a Partners lida com as críticas, tanto nos comentários a este post como a outros e também em posts próprios: ataque a quem lhes chama a atenção para os erros partindo para acusações quase ad hominem! Falta de argumentação é o que demonstra.

    Caro Tomás, ainda bem que é empresário e que cria empregos neste país. Explique-me lá o que é que isso tem a ver com o desrespeitar as regras de utilização do Facebook? Ou o ser empresário dá-lhe um estatuto especial?

    Queixa-se dos “bufos” que denunciam o perfil ao Facebook. Também se queixa das campanhas contra a violência doméstica que apelam a todos que denunciem este tipo de casos? Essas pessoas também são “bufos”? Não quero comparar as situações, porque a violência doméstica é um caso sério e a campanha do ASX no Facebook é algo que só interessa a quem segue este ramo. Denunciar quem não cumpre a lei, ou no caso as normas de utilização de uma plataforma, não é motivo de vergonha, é caso de civismo. Um dos principais problemas deste país é precisamente haver muita gente que se torna cúmplice com atitudes menos correctas. Mas isso, é entrar em questões mais importantes do que a utilização do Facebook para promoção de uma marca ou produto.

    Já lhe desejei acima o maior sucesso, tanto para a Partners como para a Mitsubishi. Mas deixo-lhe uma pergunta: se o Facebook acabar por eliminar o perfil e tomar outras acções pelo uso da imagem da marca, como vai reagir a Partners?

    1. Bruno,
      Podes-me indicar onde anda a Partners a falar sobre este assunto?
      É que uma pesquisa por MFST Partners leva-me só ao site (em flash) da empresa.

      O resto vai tudo dar a sites sobre “My First Sex Teacher”. SEO at it’s best 😉

      1. Caro Fernando,
        Não sei onde foi buscar o MFST (pelo menos não aqui nesta página) mas realmente na sua busca os resultados são muito bons!!! 🙂
        No entanto quando no Google.pt se procura só por Partners consegue-se um resultado muito melhor logo à primeira:
        http://www.mstfpartners.com/
        É parecido … mas não é igual. 😉

      2. Está giro o blog deles. Mas é de louvar que a forma como a situação foi encarada ali nada tem a ver com a arrogância e prepotência do Tomás Froes! Claro que está em parte influenciada pelo “descambar” a que a situação chegou depois da intervenção deste, mas foram muito mais correctos.
        Não será a mesma pessoa a escrever. 😀

      3. Obrigado Bruno,
        Extremamente esclarecedor o post.
        Nunca pensei em vir a ser apelidado de Diáconos 2.0, especialmente porque, sendo membro activo do Partido Pirata Internacional e da Telecomix entre outras estruturas, e sendo pública e notória qual a minha posição no que diz respeito à liberdade de expressão dentro e fora da rede, apelidarem-me de censor é prova de que os Srs. da Partners não sabem fazer pesquisas no Google.

        🙂

  28. Há um tema que ainda não vi ninguém falar e seria útil discutir. Como se mede o retorno duma acção ou duma campanha nas redes sociais? Realmente quantidade não é sinónimo de sucesso. Eu até posso ter cinco mil fas numa página do Facebook, mas se não fizer nada com eles é apenas mais uma página, certo?
    Gostava de ouvir a vossa opinião.

    1. Pedro,
      O efeito pode ser idêntico ao de colocar apenas o outdoor com o link para a página. O importante claro que é o que depois se faz nessa página do Facebook e por isso mesmo já se falou por aí que era “lixado” se na véspera de irem convidar os “amigos” para o testdrive o perfil fosse bloqueado por não cumprir os T&C.
      A publicidade nas redes sociais é algo que requer um acompanhamento quase diário de forma a interagir com quem por lá anda e a relacionar o público com o alvo da campanha.
      A rede social é basicamente um canal para difundir a informação. Se não houver mais informação para difundir para além daquela que se podia colocar no cartaz, então não vale a pena estar a perder tempo com essa rede social. Coloca-se o outdoor e chega.
      O uso das redes sociais requer interactividade.
      Mesmo que seja com a criação de uma página, se não houver interacção de quem cria essa página com os “fãs” então ao primeiro momento que se esteja a olhar para a lista que cada um de nós tem, essa será das primeiras a desaparecer por ser supérflua!
      (Opinião de um utilizador das redes sociais)

    2. Ola Pedro,

      O retorno das presenças em web social, deve ser medido em função dos objectivos iniciais e, dos recursos gastos.

      Por exemplo, os objectivos de presença em Twitter podem passar por gestão de reputação e notoriedade, prestando igualmente serviço ao cliente. Esses objectivos são medidos por métricas como ReTweets e menções e indicadores de negócio como leads para o website.

      É definido depois o custo associado à execução dessas tarefas (exº: mensal), mediante o tipo de recursos (humanos, soluções de monitorização, etc).

      No final, calcula-se o valor gerado (Net Promoter Score, valor médio por cliente convertido, etc). Ou de forma mais clássica:

      retorno = (Valor Obtido – Valor de Investimento)/Valor de Investimento

      Conforme cada presença e/ou plataforma será mais ou menos difícil obter uma exacta medida de qual o verdadeiro retorno. Mas não se deixe obcecar pela noção. Afinal de contas, qual é o retorno de ter um telefone na sua empresa ?

      🙂

      1. Aqui está uma boa resposta. A verdade é que muita gente não se dá ao trabalho de definir objectivos e como tal depois tem dificuldade em medir a concretização dos mesmos. Pior quando querem utilizar medidas pouco adequadas as meios utilizados.

        As medidas, e a metodologia, tal como o Armando diz e bem dependem dos objectivos propostos. Convém é que sejam medidas à priori e não posteriormente como já vi acontecer inúmeras vezes.

  29. O Brief do Lombo não é um blog da Partners. É um blog constítuido por vários profissionais de várias agências.

    1. Ui! Are the rats leaving the boat?
      Realmente eu se fosse profissional não quereria estar ligado a outros “profissionais” que só dão mão nome ao trabalho honesto da maioria.

      Já agora, e visto que o meu comentário não foi aprovado no Brief do Lombo, gostaria de esclarecer que o que está no post é uma mentira:

      1. Não foram várias as pessoas a enviar um mail à Mitsubishi no Japão. Que eu saiba apenas fui eu que o fiz e estou em contacto com eles.
      Nesse mesmo mail, quer a Mitsubishi Portugal, quer a Partners, quer o departamente de abuso e copyright do Facebook estavam em CC. Tudo ás claras portanto.

      2. Nunca, repito nunca, pedi para que a Mitsubishi Portugal fosse penalizada. Acho que já é penalizada o suficiente por trabalhar com quem trabalha.

  30. Experimentem procurar no Google por Expresso (Google.pt em Português) a ver qual é o primeiro anúncio que vos aparece. Curioso, no mínimo.

    1. “Anónimo” embora essa parte seja da parte de meios, só mostra que a publicidade da google é enganosa e que a google não se preocupa com a qualidade dos seus anuncios e anunciantes, deixa meter tudo, desde que dê €€

  31. Acredito que a MSTF, quando partiu para o projecto, sabia que o formato mais indicado para empresas no Facebook é a Página e não o Perfil; e que por isso mesmo consideraram como inovador dar um Perfil ao carro para casar com a ideia da personificação das qualidades humanas.

    O erro da MSTF, que agora está num ponto em que ou reconhece uma grande falha ou continua a defender o indefensável, é que provavelmente não estava prevenida dos termos e condições do Facebook, que indicam que as companhias não podem criar Perfis e que esses Perfis podem ser apagados pelo Facebook. Acho que não serve de nada apelidar de bufos quem denuncia: só reforça ainda mais a evidência de que a campanha está assente em pressupostos não legais.

    De qualquer forma, gostava de colocar uma questão: uma personagem / mascote / figura corporativa, seja o que for que lhe queiramos chamar, pode ter um Perfil? Pode uma Anna do Ikea ter um Perfil ou trata-se exactamente do mesmo caso do carro japonês que quer ser amigo das pessoas?

    Obrigada

    1. Joana,
      A Anna do Ikea não pode ter um perfil pois esse perfil seria para promocionar uma marca, a IKEA neste caso, e isso quebraria os Termos de Serviço do Facebook, pois iria ter:
      1. um intuito comercial
      2. Não representaria uma pessoal real

      Simplificando, os perfis pessoais do Facebook são apenas para pessoas reais. Já aconteceu, especialmente com activistas,verem os seus perfis suspensos e para os verem re-activados tiveram que enviar uma cópia do documento de identificação para a equipa do Facebook para que as suas contas fossem re-activadas.

      Penso que isto esclarece a sua questão.

  32. Joana,

    o Fernando clarifica bem a dúvida. Apenas uma achega. As páginas do Facebook fornecem instrumentos bem mais interessantes às marcas do que os perfis, basta saber utilizá-los. Criar uma página para uma mascote, não invalida que o discurso nessa página seja directo e se procure estabelecer uma relação de “amizade” com quem segue essa página. No caso concreto que estamos a discutir neste post, a Mitsubishi poderia criar o mesmo tipo de conteúdo numa página de Facebook, mantendo a personificação do automóvel.

  33. Há uma coisa que eu ainda não entendi. O perfil do Mitsubishi ASX foi criado para promover o lançamento do carro. Depois do carro ser lançado, o que vai acontecer ao perfil. Continua a ser um amigo prá vida? Alguém vai visitar o perfil do automóvel?
    É que quando um produto é lançado numa rede social, pelo o que já vi tem que estar constantemente a ser actualizado com informação, passatempos, coisas interactivas. É preciso ter cuidado senão é apenas mais um perfil ou um grupo daqueles que a gente segue no momento, mas depois cai no esquecimento no meio dos 500 amigos e grupos que temos no Facebook. Espero que a Mitsubishi tenha pensado nisto ao menos.

    1. Mário,
      Desconfio que isso nem passou pela cabeça da agência. A Mitsubishi Portugal é aqui uma vítima de uma agência que não sabe o que faz. Esta é pelo menos a minha opinião.

  34. Boas noites.

    A discussão já vai longa. Ao que parece, a Partners, sem conhecimento das condições legais do facebook, promoveu ilegalmente a marca sua cliente. A ideia, no entanto, até acho que é boa. Ou seja, um carro que é como um “amigo” (Bold @ como).

    Não foi bem aplicada a ideia, de facto, por não ser permitido o que foi feito, e gerar todo este “buzz” no mínimo desagradável.

    Sou também da opinião que há coisas bem mais importantes para “denunciar” (ao nível a que chegou) do que toda esta situação. Mas enfim… 😐

    Talvez não pelas melhores razões, mas será um case study.

    De resto, siga que isso já foi ontem! Requer-se é trabalho, boas ideias, boa comunicação, bom planeamento!

  35. Esqueceram-se doutra coisa. O Facebook só permite ter 4 mil amigos. Se fosse um perfil de marca isso não seria problema. Mais um sinal de que não foi bem pensado.

  36. Desculpem, eu sei que sou um chato mas olhem para isto por favor:

    http://www.facebook.com/pages/manage/promo_guidelines.php

    1) Use or reference to the Facebook brand should not imply partnership, endorsement or sponsorship unless approved by Facebook Brand Marketing.

    Ways you may refer to your Facebook Page:
    * Do: “Find us on Facebook to discover more about…”
    * Do: “Company X on Facebook”
    * Do: “Check out the Company X Page on Facebook”
    * Do: “Find us on Facebook”

    Ways you may NOT refer to your Facebook Page:
    * Don’t: “Check out the Company X Facebook Page”
    * Don’t: “Company X partners with Facebook in social advertising campaign”
    * Don’t: “Facebook and Company X commit to serving you better adverts”

    2) Do not use icons, visuals, logos, etc. taken from the Facebook site. Instead, Facebook offers the following tools to promote your relationship with us:

    Facebook Page Badge – The “Find Us on Facebook” badge provides your business with a way to promote your Page away from our website, and helps direct your customers to your presence on Facebook. This Badge can be applied in-store or on location, on the web, and in print material.

    Ways you may use the Facebook Page badge:
    * Do: hyperlink the “Find us on Facebook” badge to your Facebook Page.
    * Do: hyperlink the name of your business within your promotional copy to your Facebook Page. For example, Company X on Facebook

    You may NOT use the Facebook Page badge in the following ways:
    * Don’t: hyperlink the “Find us on Facebook” badge to the Facebook log-in page.
    * Don’t: hyperlink the word “Facebook” within your promotional copy to your Facebook Page. For example, Company X on Facebook

  37. Apesar de tudo o que aqui se fala a campanha está fraca. Gera buzz exactamente porque está fraca e podia ser melhor.

    2800 fãs, ou pessoas que gostam da página é muito pouco para quem investiu em outdoors 2x e que em outros meios.

    Nada que 10/20 € em Facebook ads não resolvesse.

  38. Pelos vistos agora criaram uma página para a Mitsubishi Portugal … e encaminham nos novos outdoors para a página da Mitsubishi! 🙂
    Assim … já se preveniram para quando o Facebook finalmente decidir fazer cumprir as regras! Sim, porque continuam a utilizar a conta do carro! LOL
    Mas realmente os outdoors não foram assim tão cativantes para juntar “amigos” no facebook! 😀

  39. Já chego tarde a este post mas ainda vou a tempo de dizer 2 coisas:

    – se fosse algum empregado da Partners a meter o pé na argola desta forma (em vez de ter sido um dos sócios) provavelmente teria sido enxovalhado aos berros pelos seus superiores. No mínimo!
    Bom, no mínimo, se fosse um dos empregados “família”, tipo sobrinho, primo, ou afins…
    Se fosse um dos outros, daqueles que lá têm que estar mas que não são da “família”, as consequências seriam outras.
    Mas como foi um dos sócios, existiu obviamente um propósito para ter sido feito desta forma. Não é bem um erro, é mais uma forma de ser diferente e tal…

    – se a Mitsubishi no último ano já andava a fazer trabalhos com outras agências, depois desta argolada, não sei não…

  40. Caro Bruno Fonseca,

    Encontrei o seu artigo por acaso quando estava a pesquisar casos sobre social media em portugal e achei muito bom..

    Concordo 100%!

    O perfil do ASX já não existe!

    Já agora sugiro que vá ao site http://www.novo-asx.com/ e veja o codigo fonte vai ter uma surpresa 😉

    Infelizmente muitas agencias de publicidade não percebem NADA de social media nem de web design…

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